Economia
O clima
econômico na América Latina caiu 4,8% em outubro, com queda de 84 para 80
pontos no indicador Ifo-FGV de Clima Econômico, apesar da pequena alta de 55
para 57 pontos registrada no Brasil. O índice é divulgado trimestralmente pela
Fundação Getulio Vargas em parceria com o instituto alemão Ifo.
A
retração do indicador na região se deu na avaliação da situação atual, que caiu
de 72 para 64 pontos, enquanto o indicador que mede as expectativas se manteve
em 96 pontos. A queda latinoamericana, no entanto, foi bem menos intensa que a
do Índice de Clima Econômico (Ice) mundial, que recuou 14% em outubro, puxado por
pioras nas maiores economias. União Europeia e China tiveram queda de 13%, e
Estados Unidos, de 8,3%. Segundo a FGV, o resultado sinaliza piora no cenário
econômico mundial para os próximos seis meses.
Na América Latina, pesaram na variação negativa os resultados do México (-5%),
do Chile (-15,7%) e da Colômbia (-10,7%). Além de Brasil, Bolívia, Equador,
Paraguai e Peru tiveram desempenho melhor do que o divulgado em julho. O Ice
mais baixo é o da Venezuela, com 20 pontos, seguido pelo da Argentina (47),
pelo do Brasil (57) e pelo do Chile (75). A Bolívia tem o maior, com 124
pontos. Na pesquisa, qualquer indicador inferior a 100 é considerado
desfavorável.
No Brasil, o indicador que mede a situação atual caiu de 42 para 30 pontos,
enquanto o que mede as expectativas subiu de 68 para 84 pontos. Na enquete
realizada pelos institutos, foram apontados como principais problemas da
economia brasileira a falta de confiança na política do governo, falta de
competitividade internacional, inflação, déficit público e falta de mão de obra
qualificada.
Entre algumas das maiores economias do mundo, Japão, França, China, Rússia e
África do Sul registram Ifo desfavorável, além do Brasil. Entre eles, a Rússia
é a que mais se aproxima do Brasil, com 58 de Ice. Estados Unidos, União
Europeia, Alemanha e Reino Unido estão na zona favorável, mas em queda,
enquanto Índia registra Ice de 145, o maior da pesquisa.
A previsão dos especialistas consultados para o Produto Interno Bruto (PIB) da
América Latina para os próximos três a cinco anos caiu em relação a outubro de
2013, de 3,2% para 2,9%. Por outro lado, a projeção para o PIB mundial subiu,
de 2,6% para 2,7%. Na União Europeia houve um aumento considerado marginal, de
1,6% para 1,7%, enquanto, na China, a projeção passou de de 6,8% para 6,4%. Nos
Estados Unidos, o crescimento previsto aumentou de 2,2% para 2,6%.
Fonte: Agência Brasil
Seção: Economia
Publicação: 13/11/2014
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