segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Na Rede Brasil Atual: "PPE preserva 2.500 empregos em três empresas; mais 28 acertam detalhes de adesão'

Postado por Relações do Trabalho em 11 setembro 2015 às 15:24

Manoel Dias: PPE contribui para a política de recuperação da capacidade de geração de emprego
São Paulo – O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, apresentou hoje (10) objetivos e resultados do Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Até o momento, Grammer do Brasil, Rassini NHK Autopeças e Caterpillar do Brasil já aderiram ao programa, preservando cerca de 2,5 mil empregos. O ministro adiantou que mais 28 empresas já estão em processo de adesão, sendo majoritariamente dos setores automobilístico, metalúrgico e alimentício.
Dias ressaltou os benefícios do programa para o país. “O PPE contribui para a política de recuperação para restabelecer a nossa capacidade de geração de emprego, de investimentos e continuar nessa linha”, disse.
Além de preservar empregos, o programa traz uma economia direta às contas do país. Em simulação realizada pelo ministro, se 50 mil trabalhadores forem demitidos sem justa causa – com direito ao benefício do seguro-desemprego – o governo teria um gasto total de cerca de R$ 168 milhões. Com o adendo do PPE, o custo para os cofres públicos apresentariam uma economia de R$ 68 milhões, além das contribuições, pois “não houve alteração do contrato social com os trabalhadores”, explicou Dias.
As empresas interessadas poderão solicitar a inclusão no PPE até o dia 31 de dezembro de 2015, abrindo a possibilidade de redução temporária de até 30% na jornada de trabalho, com proporcional redução salarial. O governo, em contrapartida, repõe em 50% o valor da redução salarial, limitado a 65% do valor da parcela máxima do seguro-desemprego. Os recursos do programa são oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Fonte: Rede Brasil Atual.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Governo define critérios para adesão ao Programa de Proteção ao Emprego

Empresas terão que comprovar 'índice' de geração de empregos.

Para participar, empresas terão ainda que zerar banco de horas e férias.

Débora Cruz Do G1, em Brasília

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, assinou nesta terça-feira (21), em Brasília, a regulamentação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado no dia 6 de julho pelo governo federal.
A regulamentação define os critérios de adesão e funcionamento do programa, criado com o objetivo de frear as demissões no país. Para participar, as empresas terão que comprovar 'índice' de geração de empregos e precisarão esgotar primeiro a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas.
As regras devem ser publicadas no "Diário Oficial da União" de quarta-feira (22).
A diferença do salário será parcialmente compensada pelo governo, que vai pagar 50% da perda com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Essa compensação está limitada a R$ 900,84, que corresponde a 65% do maior benefício do seguro-desemprego, em R$ 1.385,91. Os recursos serão repassados às empresas pela Caixa Econômica Federal.

Adesão
Para aderir ao programa, as empresas terão que comprovar com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), estar dentro de um indicador chamado Indicador Líquido de Emprego.
Esse índice será calculado levando em conta a diferença entre as admissões e os desligamentos acumulados nos últimos 12 meses, contados a partir do mês anterior ao da solicitação de adesão, sobre o total de funcionários da empresa. No resultado, o indicador não poderá ultrapassar 1% (positivo).
No exemplo fornecido pelo MTE, uma empresa que contrata 100 trabalhadores e demite outros 120 em um período de 12 meses teria uma geração negativa de 20 postos de trabalho. Dividindo esse número (-20) pelo estoque de mil trabalhadores, o indicador será -2%, habilitando a participação.
Na prática, todas empresas que no período já tiverem demitido mais trabalhadores do que contratado estarão aptas a ingressarem no programa.
Mas pelas regras, uma empresa com 100 trabalhadores, que contratou 10 e demitiu 9 nos últimos 12 meses, também estaria apta a participar do programa.

Adesão mediante acordo coletivo
Para participar do programa, as empresas, em dificuldades econômico-financeiras terão também de esgotar primeiro a utilização do banco de horas e períodos de férias, inclusive coletivas.
Para aderir ao PPE, as empresas terão ainda que celebrar um acordo coletivo específico com os empregados, prevendo a redução de jornada e salário.
As empresas que aderirem ficam proibidas de dispensar, arbitrariamente ou sem justa causa, os funcionários que tiveram jornada reduzida enquanto durar a inscrição no programa e, após o término, pelo prazo equivalente a um terço do período de adesão.

Realidade desfavorável
Após a assinatura da regulamentação, em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho reconheceu que a realidade econômica do país é desfavorável, mas mostrou otimismo.
“O Brasil vive um momento de dificuldade, mas entendemos que nós podemos superá-las com facilidade (...) Os indicativos da nossa economia, os investimentos programados para esse ano, tanto por parte do governo como por parte dos empresários, são locações de recursos altamente representativas”, afirmou Manoel Dias.
Presente à cerimônia de assinatura, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, elogiou a medida. “Tudo que possa proteger o nível de emprego vai ter o nosso apoio como entidade, como setor, porque nós entendemos que esse é o caminho. O caminho da empregabilidade é o caminho da recuperação do nível de confiança do consumidor e, portanto, do nível da atividade econômica”, disse.
Representando os trabalhadores, José Calixto Ramos afirmou o PPE tem o apoio das centrais sindicais e confederações. “Entre demitir sumariamente e reduzir um pouco, conforme está explicito no programa e nas regras para a entrada da empresa no programa, acho que é preferível nós darmos um passo atrás para depois tentarmos dar dois passos adiante (...). As centrais sindicais assim entenderam”, afirmou.

Regras
As empresas terão até o final do ano para aderir ao programa. Segundo o governo, o objetivo é manter os empregos e preservar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) do trabalhador, preservando todos os benefícios trabalhistas, inclusive o seguro-desemprego. O período de validade para a utilização do programa não poderá ultrapassar 12 meses.
Estima-se que o programa vai gerar um custo de R$ 112,5 milhões em 2015 e preservar o emprego de 50 mil trabalhadores com salário médio de R$ 2,2 mil. Conforme o governo, a medida estimula a produtividade com o aumento da duração do vínculo trabalhista e fomenta a negociação coletiva.
O governo espera que as empresas gastem menos com demissões, contratações e treinamento, reduzindo os gastos da folha salarial em até 30%. O PPE é uma alternativa ao layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho para requalificação profissional), em que o trabalhador perde o vínculo empregatício.
Em junho, o Brasil fechou 111.199 vagas formais de trabalho, no pior resultado para o mês desde pelo menos 1992. No semestre, a demissão líquida chegou a 345.417 trabalhadores, segundo dados com ajuste do Caged.

A importância do setor sucroenergético para o mundo!


Tarcisio Angelo Mascarim*


Há alguns dias, foi publicado meu artigo “Retomada  do setor sucroenergético em São Paulo”, o qual também enviei ao secretário estadual de Agricultura e Abastecimento e deputado federal Arnaldo Jardim. O texto detalha uma sugestão para o Estado de São Paulo acabar com a poluição provocada pelo consumo da gasolina, substituindo-a pelo nosso etanol.

Agora, após ler no site Brasilagro sobre a discussão feita em audiência pública no dia 1 de julho, promovida pela Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), quero chamar a intenção do governo federal pela importância do nosso etanol para o Brasil e para o mundo.

Segundo a notícia, a intenção do encontro foi aprofundar o debate sobre o papel do setor sucroenergético, a fim de subsidiar proposições a serem apresentadas pelo Brasil na 21a. Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21), que ocorrerá no final de novembro, na França. A defesa foi feita na referida audiência pela Comissão, concluindo que “o etanol pode ser uma excelente saída para redução das emissões poluentes, assim como para a consolidação das matrizes energéticas limpas e renováveis no país”.

O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Hilário Saldiva, um dos convidados do evento, argumentou: “Investir em combustíveis renováveis deveria ser uma ação de saúde pública”. Ele explicou que a poluição ambiental eleva os riscos de se contrair doenças e destacou  que a poluição do ar mata, no mundo, cerca de sete milhões de pessoas anualmente, mais do que a malária e a diarreia juntas.. Ele defendeu também que “sendo o etanol um combustível que emite menos poluição, sua expansão resultaria diretamente em mais saúde para a população”.           

Para o diretor geral da Agroícone Rodrigo Lima, presente também na audiência, “o Brasil adotou em 2010, compromissos voluntários de redução de emissão de gases nocivos, em uma proposta que incluía a ampliação do uso do etanol, porém não criou políticas de incentivo ao setor para fazer as metas de consumo de etanol serem alcançadas”. Ele lembrou “que em 2008 e 2009, o setor viveu seu auge e chegou a responder por 54% do consumo de combustível do país. Atualmente é responsável por pouco mais de 40% do mercado”.

O secretário da Política Agricola do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA), André Metoni Nassar, reconheceu que “o etanol é importante não apenas como fonte de oferta de energia, mas também para a redução de gás carbônico no país”.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA)  ressaltou também que “é preciso considerar novas áreas de expansão do plantio de cana-de-açúcar, principal matéria-prima do etanol no país”. Ele revelou que “na Amazonia há 24 milhões de hectares abertos com pastos que poderiam ser reduzidos em um terço sem prejuízo da produção pecuária para abrir espaço ao plantio de outras culturas sustentáveis, como a de cana-de-açúcar”.

O deputado federal Sergio Souza (PMDB-PR), integrante da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético e relator da comissão, acrescentou que “os parlamentares estão mobilizados na busca por políticas de investimentos e incentivos no setor, já reconhecido como sustentável e mitigador da emissão de gases de efeito estufa”.

Conforme se verifica pelos depoimentos das autoridades presentes à audiência, é preciso que o governo tome as providências necessárias para a retomada do setor sucroenergético, a fim de evitar mortes pela poluição dos combustíveis fósseis e melhorar sensivelmente o nosso meio ambiente, defendido também pelo Papa Francisco em sua  Carta Encíclica “Laudato Si (Louvado Seja)”.

Para isto, insisto para que seja implantado o projeto que encontra-se arquivado no BNDES, elaborado em 2011 pelos especialistas da área de energia, no qual eles chegam à conclusão, a partir de ampla pesquisa de mercado, de que, se não construirmos mais 134 novas usinas, com capacidade cada uma de quatro milhões de toneladas de cana-de-açúcar, vai faltar açúcar e etanol em 2020/21.

Por outro lado, ainda no site Brasilagro, é possível ler uma pesquisa do  Ibope, sobre, entre outras, a avaliação dos eleitores sobre o governo, por área. Tomo a liberdade de transdrever o resultado: 
- combate a fome e a pobreza” - desaprovam 68%;
- meio ambiente” - desaprovam 63%;
- educação” - desaprovam 74%;
- combate ao desemprego” - desaprovam 83%;
- segurança pública” - desaprovam 84%;
- saúde” - desaprovam 86%;
- combate a inflação” - desaprovam 86%;
- impostos” - desaprovam 90%;
- taxa de juros” - desaprovam 90%.

Diante deste resultado eu pergunto: o que a presidente Dilma deve fazer para o bem do País? E respondo, em minha opinião, deve pedir desculpas ao povo e renunciar.

* Tarcisio Angelo Mascarim é secretário de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba e diretor do SIMESPI

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O alerta do Papa Francisco! - Tarcisio Angelo Mascarim

Sinceramente, eu espero que os países membros do G7, bem como todos os demais países do mundo, leiam a Carta Encíclica do Papa Francisco “Laudato Si (Louvado Seja)” e tenham a consciência de atender ao apelo do nosso representante  perante Deus para salvarmos a mãe Terra - que foi criada por Deus para uso e gozo de todos os viventes - protegendo o meio ambiente e, com isso, evitando a sua devastação.
        Nesta carta, o Papa Francisco cita os alertas dos papas Santo Papa João XXIII, que mais de cinquenta anos atrás dirigiu a mensagem “Pacem in terris”; Beato Papa Paulo VI, que oito anos depois da “Pacem em terris”, dirigindo-se à FAO, falou da possibilidade duma “catástrofe ecológica sob o efeito da explosão da civilização industrial”; São João Paulo II debruçou-se, com interesse sempre maior, sobre este tema; Bento XVI renovou o convite a “eliminar as causas estruturais das disfunções da economia mundial e corrigir os modelos de crescimento que parecem incapazes de garantir o respeito do meio ambiente”.´ Ele também cita outras igrejas e comunidades cristãs – bem como noutras religiões – que têm desenvolvido uma profunda preocupação com o meio ambiente.
         Papa Francisco  fala,  também,  da  contribuição do Patriarca de Constantinopla, Ecumenico Bartolomeu, religioso grego e principal Bispo da Igreja Ortodoxa, desde o inicio de 1991, o qual tem se referido particularmente à necessidade de cada um se arrepender do próprio modo de maltratar o planeta, porque “todos, na medida em que causamos pequenos danos ecológicos”, somos chamados a reconhecer “a nossa contribuição – pequena ou grande – para a desfiguração e destruição do ambiente”.
        A seguir, é citado o São Francisco de Assis, do qual o Papa Francisco tomou o nome, por guia e inspiração, no momento de sua eleição para Bispo de Roma, por  considerá-lo exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral.
      O apelo do  Papa Francisco  é  o urgente  desafio de proteger a nossa casa comum (mãe Terra) e a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois acredita que as coisas podem mudar. 
          Ele lança, também,  um  convite urgente  a  renovar  o diálogo sobre a maneira como estamos a construir o futuro do planeta. Diz que precisamos de um debate que nos una a todos, porque o desafio ambiental, que vivemos, e as suas raizes humanas dizem respeito e tem impacto sobre todos nós.
      Para se ter uma ideia do maravilhoso conteúdo da Carta Enciclica do Papa Francisco “Laudato Si (Louvado seja)”, permito transcrever apenas os títulos de seus capítulos: O que está a acontecer à nossa casa – itens 17 a 61; O evangelho da criação – itens 62 a 100; A raiz humana da crise ecológica – itens 101 a 136; Uma ecologia integral – itens 137 a 162; Algumas linhas de orientação e ação – itens 163 a 201; Educação e espiritualidade ecológicas – itens 202 a 246.
          Para  finalizar,  transmito  apenas  o  final do documento: “246. Depois desta longa reflexão jubilosa e ao mesmo tempo dramática, proponho duas orações, uma que podemos partilhar todos quantos acreditam num Deus Criador Onipotente, e outra pedindo que nós, cristãos, saibamos assumir os compromissos para com a criação que o Evangelho de Jesus nos propõe:
Oração pela nossa terra - Deus Onipotente, que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criaturas. Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe, derramai em nós a força do vosso amor para cuidarmos da vida e da beleza. Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém. Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos. Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depredemos, para que semeemos beleza e não poluição nem destruição. Tocai os corações daqueles que buscam apenas beneficios à custa dos pobres e da terra. Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita. Obrigado porque estais conosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz.
Oração cristã com a criação - Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas, que saíram da vossa mão poderosa. São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura. Louvado sejais! Filho de Deus, Jesus, por Vós foram criadas todas coisas. Fostes formado no seio materno de Maria, fizestes-Vos parte desta terra, e contemplastes este mundo com olhos humanos. Hoje estais vivo em cada criatura com a vossa glória de ressucitado. Louvado sejais! Espírito Santo, que, com a vossa luz, guiais este mundo para o amor do Pai e acompanhais o gemido da criação. Vós viveis também nos nossos corações a fim de nos impelir para o bem. Louvado sejais! Senhor Deus, Uno e Trino, comunidade estupenda de amor infinito, ensinai-nos a contemplar-Vos na beleza do universo, onde tudo nos fala de Vós. Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão por cada ser que criastes. Dai-nos a graça de nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe. Deus de amor, mostrai-nos o nosso lugar neste mundo como instrumentos do vosso carinho por todos os seres desta terra, porque nem um deles sequer é esquecido por Vós. Iluminai os donos do poder e do dinheiro para que não caiam no pecado da indiferença, amem o bem comum, promovam os fracos, e cuídem deste mundo que habitamos. Os pobres e a terra estão bradando: Senhor, tomaí-nos sob o vosso poder e a vossa luz para proteger cada vida, para preparar um futuro melhor, para que venha o vosso Reino de justiça, paz, amor e beleza! Amen.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 24 de Maio - Solenidade de Pentecostes – de 2015, terceiro ano do meu Pontificado. Francisco”.
      Encerrando quero convidar a todas as pessoas, físicas ou jurídicas, entidades públicas e privadas, entidades que defendem o meio ambiente, que leiam na íntegra esta Carta Enciclica do Papa Francisco “Laudato Si (Louvado Seja)”.

(Tarcisio Angelo Mascarim é secretario de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba e Diretor do SIMESPI)


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Governo (mensalão, petrolão, etc.) = Economia (caos)

Quando Deus criou o homem e a mulher, concedeu o poder de serem livres e fazerem o que bem entenderem, arcando com as consequências de suas escolhas, independentemente de serem “boas” ou “ruins”, “certas” ou “erradas”.
      Assim Deus falou para Adão e Eva que podiam fazer o que quisessem no Eden, mas advertiu que não comessem a maçã. Com a escolha errada, Eva desobedeceu a Deus,  comeu a maçã e a ofereceu a Adão, que também comeu. Eles foram expulsos do Paraíso e, em consequência, trouxeram o sofrimento e a morte a todos os viventes.
     Dessa maneira, todos nós, pessoas físicas, ou representantes de empresas privadas ou públicas,  entidades privadas ou públicas, ou autoridades como vereador, deputado, senador, ou presidente da República, temos o direito da escolha em nossas decisões, sejam boas ou ruins, certas ou erradas, arcando, no entanto, com suas consequências.
      Portanto,  com  esta introdução, apresento algumas escolhas feitas por pessoas em suas decisões, que levaram o setor sucroenergético para o sucesso e para a estagnação.
        Para o sucesso, apresento a escolha que o presidente Ernesto Geisel, em pleno regime militar, fez em 1975, ao lançar o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), o único combustível, existente até hoje, capaz de substituir a gasolina em grandes quantidades, com as características que todos desejam: ser economicamente competitivo e renovável, ser ambientalmente aceito, ou seja, sem os problemas que caracterizam os combustíveis fósseis.
     Ao longo dos últimos 35 anos, o programa sofreu inúmeros tropeços,  mas sobreviveu, chegando a substituir 50% da gasolina que seria consumida no país se ele não existesse.
      A seguir,  citamos outra escolha de sucesso, quando, em 2005, a direção do BNDES, incentivando a produção da cana-de-açúcar, apresentou o plano para o atingimento da meta de um bilhão de toneladas de cana, para atender ao mercado futuro do consumo do açúcar e do etanol. Nesta época, a produção era de 384 milhões de toneladas. Para se atingir um bilhão de toneladas, precisaríamos de mais 616 milhões de toneladas, que dariam a possibilidade da construção de 205 novas usinas, de três milhões de toneladas de cana, cada uma, pelas empresas de bens de capital.
         O setor sucroenergético vinha atendendo à sua responsabilidade, pois, na safra de 2010/2011, atingiu a produção de 624 milhões de toneladas de cana, o que equivale a 62% de aumento, com a construção de mais de 100 novas usinas.
        Agora, cito a  escolha  errada  e  equivocada,  da  nossa Presidente, que,  a partir de 2009,  manteve o preço da gasolina, com a finalidade de evitar o aumento da inflação, sem estudar outras alternativas. A consequência disto foi a estagnação do setor sucroenergético como um todo.
    Com esta escolha, a nossa Presidente quebrou o setor sucroenergético e contribuiu com mais de US$ 25 bilhões de prejuizo à Petrobras.
         A nossa Presidente não se importou com os investimentos em tecnologia feitos pelas empresas de bens de capital, produtoras das usinas voltadas para o setor sucroenergético. Como exemplo, cito a maior empresa de bens de capital do setor, a Dedini S.A. Indústrias de Base, que estava pronta para apresentar ao mercado o seu investimento na USD – Usina Sustentável Dedini, cuja tecnologia traria as seguintes otimizações: máxima produção de bioaçúcar (usina); máxima produção de bioetanol (destilaria); máxima produção de bioeletricidade (usina ou destilaria); produção balanceada e flexível de bioaçúcar e bioetanol (usina); produção integrada com biodiesel de primeira e segunda geração (usina ou destilaria); não consome água externa e produz bioágua (usina ou destilaria); produção de biofom, o biofertilizante organo-mineral (usina ou destilaria); potencializa a mitigação dos GEE – gases de efeito estufa (usina ou destilaria).
         Em 2011, estudando a situação do setor sucroenergético e  o mercado futuro do açúcar e etanol, o  BNDES, por meio   de  seus especialistas da área de bioenergia, elaborou um trabalho sobre o setor sucroenergético. Pesquisando o mercado de açúcar e etanol, consultando os fabricantes de bens de capital, os produtores de cana-de-açúcar e os produtores de açúcar e etanol, chegou a seguinte:  “Conclusão – O setor sucroenergético empreendeu um grande esforço de investimento ao longo do período de 2005 a 2009, o que resultou na inauguração de mais de cem novas unidades industriais. A partir de 2009, contudo, o setor passou a enfrentar período de estagnação dos investimentos e, com isso, experimentou redução significativa das encomendas de bens de capital sucroenergéticos. A continuidade desse cenário tem gerado ambiente econômico adverso para os fabricantes, em especial para aqueles mais dependentes das encomendas do setor sucroenergético. Por outro lado, dadas as projeções de demanda de açúcar e etanol brasileiros, estima-se que 134 novas usinas, com capacidade de moagem de quatro milhões de toneladas de cana cada. Isso equivale à instalação de cerca de 17 unidades por safra a partir de 2013/2014. E dentro desse contexto que, com base na pesquisa de campo com os principais fornecedores de bens de capital sucroenergético e grandes grupos de usinas, este artigo procurou identificar se o atual parque fabril de máquinas e equipamentos para açúcar e etanol, mesmo enfrentando um período duradouro de baixo volume de encomendas, estaria em condições de atender o novo ciclo vigoroso de investimentos em novas usinas sucroenergéticas”.
         Não dá para entender como um trabalho deste porte (60 páginas),  encontra-se arquivado, e a Presidente ainda escolhe manter o preço da gasolina.
         Por outro lado, quando analisamos as corrupções levantadas pelo “mensalão”, - e agora pelo “petrolão” - podemos entender que as escolhas do governo foram para a manutenção e permanência do poder.
         Mas, como toda escolha tem sua consequência, podemos ver estampada em todas as mídias, a situação de uma empresa pública como a Petrobras, corroída pelas corrupções existentes, que de décimo lugar, em 2012, entre as 2000 empresas maiores do mundo, cai para 416o. lugar.
     Mas, não é só isso. A economia está um “caos”, com os juros mais altos do mundo, inflação que já passou dos 8%, o desemprego que não para de aumentar, a falta de credibilidade de nosso governo, etc.
         Em entrevista feita pela jornalista da revista Veja - edição 2425 - ano 48 - no. 19 de 13-05-15,  Claudia Andrade, com o economista americano Robert  Klitgaard, ele apresenta uma fórmula matemática sobre “corrupções”: C (Corrupção) = M (Monopólio, que é a concentração do poder econômico e decisório) + D (Discricionariedade, em que poucas pessoas tenham um poder decisório muito grande) – T (Transparência, que é a falta de transparência dos negócios).
       Está aí a solução para evitar as corrupções: a) Evitar o monopólio; b) Evitar a discricionariedade; e c) Dar transparência aos negócios, por meio da imprensa,  tanto aos negócios internos, como aos negócios externos.
      Com isso, acredito no que o economista americano Robert Klitgaard diz: “No futuro, a corrupção será tão impensável quanto a escravidão, que já foi regra em nosso mundo, é para nós. Compartilho desse otimismo”.  

         Finalizando,   só espero que a justiça dos homens, possa ajudar na recuperação da credibilidade de nosso país.

(Tarcisio Angelo Mascarim é secretário de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba e diretor do SIMESPI)

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A SALVAÇÃO DO SETOR SUCROENERGÉTICO - EM ANDAMENTO

Tarcisio Angelo Mascarim

Lí, na NovaCana de 10.04.15, a seguinte notícia: “Ministro do MME foi ao Senado Federal reconhecer crescente problema de oferta de combustíveis e, pela primeira vez, ofereceu as bases para uma nova perspectiva no setor sucroenergético”. Pois é, precisou  um  novo  ministro  de Minas Energia - Eduardo Braga - alertar que as bases de discussão sobre o papel do etanol na matriz energética mudaram.

Isto deveria ter sido alertado em 2009, quando o governo, de forma equivocada, segurou o preço da gasolina, dando prejuízo à Petrobras e justificando a sua decisão na contenção da inflação, sem procurar outras alternativas.

Com   esta  decisão, o governo quebrou o setor sucroenergético, e a Petrobras. Além disso, não deu bola para o BNDES, que, em 2005, incentivou o setor sucroenergético a atingir um bilhão de toneladas de cana-de-açúcar para atender ao mercado do açúcar e etanol futuro. Para isso, o setor precisava sair de sua produção de 385 milhões de toneladas da safra de 2004/5 para atingir a meta de um bilhão de toneladas de cana, aumentando em 615 milhões de toneladas e produzindo em torno de 205 novas usinas, com capacidade de três milhões de toneladas de cana cada uma.

O  setor  sucroenergético - até a  decisão  do governo, de broquear o preço da gasolina - vinha cumprindo com a sua responsabilidade, saindo dos 385 milhões de toneladas na safra de 2004/5, para 624 milhões de toneladas na safra 2010/11, um aumento de 62%, além da construção de mais de 100 novas usinas. A  partir  daí,  veio  a  estagnação  do setor e, atualmente, o Brasil produz apenas 642 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

O  que  nos  causa  mais  indignação  é  a  falta de atenção do governo em  não implementar um projeto elaborado, em 2011, pelos especialistas (Marcelo Soares Valente, Diego Nyko, Brunno Luiz Siqueira Ferreira Soares dos Reis e Artur Yabe Milanez, respectivamente engenheiro, economista, estagiário e gerente do Departamento de Biocombustíveis da Área Industrial do BNDES), denominado Banco do Governo, no qual eles chegam à conclusão, a partir de ampla pesquisa de mercado, de que, se não construirmos mais 134 novas usinas, com capacidade de quatro milhões de toneladas de cana-de-açúcar cada uma, vai faltar açúcar e etanol em 2020/21.

Quem  sabe,  com  este  alerta do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o governo resolva desarquivar o projeto dos especialistas do BNDES e o implante, o que seria a salvação do setor sucroenergético e do mercado futuro do açúcar e etanol.

O trabalho tem 60 páginas, mas vou tomar a liberdade de copiar, apenas três partes dele: a conclusão, as políticas públicas sugeridas e a parte final.

“Conclusão  –  O setor sucroenergético  empreendeu  um  grande  esforço  de investimento ao longo do período de 2005 a 2009, o que resultou na inauguração de mais de cem novas unidades industriais. A partir de 2009, contudo, o setor passou a enfrentar período de estagnação dos investimentos e, com isso, experimentou redução significativa das encomendas de bens de capital sucroenergéticos. A continuídade desse cenário tem gerado ambiente econômico adverso para os fabricantes, em especial para aqueles mais dependentes das encomendas do setor sucroenergético.

Por  outro  lado, dadas  as  projeções  de  demanda  de açúcar e etanol brasileiros, estima-se que 134 novas usinas, com capacidade de moagem de quatro milhões de toneladas de cana cada, sejam necessárias para atender à demanda projetada para os próximos anos. Isso equivale à instalação de cerca de 17 unidades por safra a partir de 2013/14.

É  dentro desse contexto que, com base na pesquisa de campo com os principais fornecedores de bens de capital sucroenergético e grandes grupos de usinas, este artigo  procurou identificar se o atual parque fabril de máquinas e equipamentos para açúcar e etanol, mesmo enfrentando um período duradouro de baixo volume de encomendas, estaria em condições de atender a novo ciclo vigoroso de investimentos em novas usinas sucroenergéticas.

Políticas Públicas – Entre as medidas que poderiam contribuir para essa retomada dos investimentos em novas usinas sucroenergéticas, podem ser destacadas: (i) maiores incentivos tributários ao etanol, como aumento da Cide sobre a gasolina e maior alinhamento do ICMs sobre o etanol em nível nacional à alíquota de São Paulo; (ii) criação de um ambiente de contratação de longo prazo para fornecimento de etanol; (iii) execução de leilões regionais de energia elétrica; e (iv) incentivos da palha e do bagaço da cana-de-açúcar para geração elétrica.        

Final – A atual situação da indústria de bens de capital sucroenergéticos exige atenção. Numa eventual retomada de investimentos nos níveis observados no último ciclo de crescimento do setor, a pesquisa realizada neste artigo sugere dificuldade de atendimento de equipamentos cruciais para a instalação de novas usinas.

A mitigação desse risco de oferta, contudo, depende necessariamente da retomada planejada e sustentada dos investimentos no setor canavieiro, que, a permanecer estagnado, só agravará a situação atual. Dessa forma, quanto mais tempo durar esse cenário de retração de investimentos e, portanto, de baixa demanda por bens de capital sucroenergéticos, maiores serão os riscos associados à oferta de equipamentos essenciais para a construção de novas usinas de cana-de-açúcar”.

(Tarcisio Angelo Mascarim é secretário de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba e diretor do SIMESPI)

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Previdência Social

Previdência Social

1 - Salário-de-benefício mínimo: R$ 788,00 (setecentos e oitenta e oito reais)
2 - Salário-de-benefício máximo: R$ 4.663,75 (quatro mil seiscentos e sessenta e três reais e setenta e cinco centavos)
3 - Renda mensal vitalícia: R$ 788,00 (setecentos e oitenta e oito reais)
4 - Salário-família:

    - R$ 37,18 (trinta e sete reais e dezoito centavos) para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 725,02 (setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos);

     - R$ 26,20 (vinte e seis reais e vinte centavos) para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 725,02 (setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos) e igual ou inferior a R$ 1.089,72 (um mil e oitenta e nove reais e setenta e dois centavos).

5 - Benefícios a idosos e portadores de deficiência:

      Valor de um salário mínimo (Decreto nº 1.744/95). * Benefícios extintos a partir de janeiro/96 (Lei nº 8.742/93, art. 40).

6 - Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2015.

Salário-de-contribuição (R$)
Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)
até 1.399,12
8
de 1.399,13 até 2.331,88
9
de 2.331,89 até 4.663,75
11


Fonte: IOB Online Regulatório





Imposto de Renda - Tabela Progressiva Mensal

Tabela Progressiva Mensal de Janeiro/2014 a Março/2015

TABELA PROGRESSIVA MENSAL
Base de cálculo em R$
Alíquota %
Parcela a deduzir do imposto em R$
Até 1.787,77
--
--
De 1.787,78 até 2.679,29
7,5
134,08
De 2.679.30 até 3.572,43
15
335,03
De 3.572,44 até 4.463,81
22,5
602,96
Acima de 4.463,81
27,5
826,15
Dedução por dependente
--
179,71

Tabela Progressiva Mensal a partir de Abril/2015

TABELA PROGRESSIVA MENSAL
Base de cálculo em R$
Alíquota %
Parcela a deduzir do imposto em R$
Até 1.903,98
--
--
De 1.903,99 até 2.826,65
7,5
142,80
De 2.826,66 até 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 até 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
Dedução por dependente
--
189,59

OBS: O imposto de renda anual devido, incidente sobre os rendimentos de pessoas físicas, será calculado de acordo com tabela progressiva anual correspondente à soma das tabelas progressivas mensais vigentes nos meses de cada ano-calendário. 

Fonte: IOB Online Regulatório

Palestra promovida pelo GRUPO DE RECURSOS HUMANOS DO SIMESPI em parceria com A EXECUTIVA e MCN Consultoria Empresarial


Estelionato eleitoral em 13 atos


Tarcisio Angelo Mascarim

Recebi a edição da carta da “Brasil Real – Cartas de Conjuntura ITV – no.121 – Dezembro/2014”, do Instituto Teotônio Vilela, com o título “Estelionato eleitoral em 13 atos”, que tomo a liberdade de transcrever, na íntegra, apenas a sua síntese, e um resumo dos 13 atos, pois a carta é longa:

“Síntese: Dilma Rousseff foi eleita com base num discurso que não encontra eco nas atitudes que vem tomando desde a vitória em outubro. O que ela, durante a campanha, acusava os adversários de pretender fazer, seu governo tem posto em prática nas últimas semanas. Mas as medidas que a petista promete tomar não são as mesmas que a oposição tomaria. Pelo simples fato de que Dilma, pela falta de credibilidade que carrega em função do que fez durante seus primeiros quatro anos de mandato, pagará muito mais caro para convencer os agentes econômicos da sinceridade de suas intenções. O estelionato eleitoral que resultou na eleição dela alimenta a desconfiança.

Dilma Rousseff prepara-se para tomar posse de seu segundo mandato presidencial dentro de poucos dias. Assim como sucedeu durante toda a companha, a petista continua sem revelar aos brasileiros quais são seus reais planos e suas verdadeiras intenções. O que ficou bastante claro desde a eleição de 26 de outubro é que a presidente da República obteve mais quatro anos com base em compromissos falsificados e em promessas irrealistas. Seus atos posteriores são a mais clara expressão das contradições entre o discurso e a prática petista.

Tudo, simplesmente tudo, o que Dilma e sua equipe fizeram a partir de fins de outubro colide com o que ela pregou ao longo da disputa eleitoral. A presidente faz o que acusava os adversários de pretender fazer. Mas paga – e pagará – um preço muito mais alto para obter os resultados que seu governo até agora não alcançou. Pela simples razão de que sua palavra ressente-se da falta de credibilidade, sua postura inspira pouca confiança e sua má gestão recomenda a cautela. A seguir, um rosário das contradições de Dilma, as evidências de que sua vitória nas urnas representou um estelionato eleitoral, encenado em 13 atos”.

Abaixo, um resumo dos 13 atos:

Juros
Na campanha, a petista acusou o senhor (Aécio) que vai elevar a taxa de juros, provocando desemprego, arrocho salarial e altas taxas de juros. Três dias depois das eleições, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros. Em dezembro fez o mesmo, elevando a Selic para 11,75%, um ponto acima de quando assumiu o cargo. A promessa de reduzir os juros reais a 2% ao ano ficou no caminho; hoje, estão acima de 6%.

Rombo Fiscal
Na CNA, em agosto, Dilma afiançou: “Teremos condições de cumprir o superávit primário previsto no começo do ano”. Em 25/9, em visita à Bahia, reafirmou: “O Brasil não está desequilibrado. Nós não acreditamos em choque fiscal. Isso é uma forma incorreta de tratar questão fiscal no Brasil”. No Palácio do Planalto, em 1/10, reiterou: “Temos tido um desempenho na área fiscal inquestionável. Inquestionável”. 

Um mês depois do segundo turno, o governo do PT mandou projeto de lei ao Congresso baixando a meta fiscal e permitindo que o governo sequer a cumpra. Agora, o governo reeleito anuncia a intenção de promover um arrocho fiscal que pode chegar a R$ 100 bilhões no próximo ano.

Inflação
Dilma sustentou em reiteradas oportunidades, que a inflação estava “sob controle”. Também desdenhou de medidas para controlar a subida dos preços ao longo de seu primeiro mandato.

Embora o Banco Central tenha aumentado duas vezes os juros para fazer frente à ameaça de alta dos preços, Dilma será a primeira presidente desde a estabilização a entregar uma taxa maior do que recebeu.

PIB
Em 29/8, em Salvador, onde foi divulgado que o PIB brasileiro encolhera 0,6% no segundo trimestre do ano, Dilma argumentou: “Acho que o resultado é algo momentâneo. Acho que no segundo semestre teremos uma grande recuperação”. No terceiro trimestre, ao contrário do que Dilma previra, a economia brasileira continua estagnada, sem crescer quase nada (0,1%). Neste ano, o crescimento será perto de zero, fazendo do governo atual o de pior desempenho desde Fernando Collor.

Impostos
No debate no SBT entre os presidenciáveis, Dilma afirmou: “(A oposição) pensa em uma forma de visão que é desempregar, arrochar, aumentar preço de tarifa e aumentar impostos”.

Para fechar as contas públicas no ano que vem, o Palácio do Planalto fez circular a informação de que, alguns tributos deverão ser aumentados. A lista de reajustes é extensa. Com Dilma, a carga tributária brasileira subiu quase 2,5 pontos percentuais do PIB. É um das mais altas do mundo em desenvolvimento.
Bancos públicos
Na sabatina promovida pelo jornal O Globo, em 12/9, a candidata Dilma afirmou: “Diminuir o papel dos bancos públicos vai acabar com o financiamento do investimento, da agricultura, de todas as obrar de infraestrutura. É uma irresponsabilidade”. Sua campanha acusava os adversários de querer desidratar o BNDES, privatizar a Caixa e o Banco do Brasil.
O BNDES já aumentou os juros para financiamentos de longo prazo. O novo ministro da Fazenda defende que os repasses para os bancos públicos cessem e o novo ministro de Desenvolvimento diz que agora as grandes empresas do país terão que buscar alternativas de financiamento. O governo já anunciou a intenção de vender parte das ações que tem na Caixa.

Banqueiros
Dilma em 9/9, em Belo Horizonte, na intenção de alvejar Marina Silva, acusou: “Não tenho banqueiro me apoiando e me sustentando”. Sua campanha na TV fez coro: “(A vitória da oposição) significaria entregar aos banqueiros um grande poder de decisão sobre sua vida e de sua familia”.

Uma vez eleita, Dilma correu a cata de um banqueiro que aceitasse o desafio de consertar seu governo. Não conseguindo o banqueiro, presidente do Bradesco, em 21/11 a presidente anunciou seu novo ministro da Fazenda: Joaquim Levy, oriundo do mesmo banco.

Petrobras 
Em julho de 2014, com a Petrobras já atolada em denúncias de corrupção, Dilma afirmou: “Quem olhar o que aconteceu com a Petrobrás nos últimos dez anos e projetar para o futuro conclui que fizemos um grande ciclo. Eu estive presente em todos os momentos”. Dilma foi ministra de Minas e Energia, ministra-chefe da Casa Civil, presidiu o Conselho de Administração da Petrobras. Foi a época em que mais ocorreram casos de corrupção na companhia. Alguns dos envolvidos na Operação Lava-Jato já afirmaram que parte dos recursos foi dada em doação à campanha de Dilma em 2010, parte foi remetida ao exterior e parte foi entregue em espécie ao PT. Revelações recentes mostram que há muito tempo a diretoria da Petrobrás sabia das irregularidades que se passavam por lá.

Tarifaço
Dilma em fins de julho foi à CNI falar a industriais e empresários. Sobre o risco de aumento de tarifas públicas, estrilou: “O que justifica essa hipótese do tarifaço? Significa a determinação em criar um movimento para instaurar o pessimismo, comprometendo o crescimento do país”.

Após as eleições a Petrobras anunciou reajuste na gasolina e no diesel. Hoje, pagamos pelo combustíveis, em média, cerca de 25% mais caro.

Energia elétrica
Dilma fez pronunciamento na TV, pouco antes das eleições, em que garantiu: “Os investimentos feitos em geração e transmissão de energia permitem hoje ao Brasil superar as dificuldades momentâneas, mantendo a política de tarifas baixas”. Na campanha, manteve o discurso falso de que o país não corre risco de apagões. Logo após a eleição, a Aneel informou que as tarifas de energia subiram 17% neste ano e estima que devem subir mais 25% em 2015. A redução que Dilma prometeu em rede nacional virou fumaça, não sem antes desestruturar por completo o setor elétrico pela truculenta intervenção determinada pela presidente em 2012.

Direitos trabalhistas
Em setembro, em gravação de campanha, Dilma reitera o que havia dito poucos dias antes a empresários reunidos em Campinas: “Eu não mudo os direitos trabalhistas nem que a vaca tussa”. Recebeu efusivos aplausos da plateia como resposta e produziu uma reluzente peça de campanha.

Após a vitória nas urnas, em 7/11, apenas 12 dias após a eleição, o governo anunciou a intenção – e desde então a vem reiterando – de cortar despesas com pagamento de pensões, seguro-desemprego, auxilio-doença e abono salarial. A geração de empregos no país caiu em todos os anos do governo Dilma, 2014 será o de pior desempenho para a criação de vagas desde o inicio do século. 

Miséria
Em 17/9, Dilma em Aparecida (SP), em debate com os demais presidenciáveis, promovido pela CNBB, disse: “Quem vai ganhar essas eleições é quem mudou o Brasil, quem reduziu a miséria”. 

Em 5/11, apenas dez dias após a eleição, o Ipea revelou que a miséria no país aumentou 3,7% em 2013, a primeira alta desde 2003. O contingente de miseráveis ganhou 370 mil novas pessoas. O número chegou a circular durante a campanha eleitoral, mas o governo do PT impediu os pesquisadores do Ipea de o publicarem oficialmente. 

Pessimismo
Numa noite de máio passado, Dilma juntou um grupo de mulheres jornalistas no Palácio da Alvorada. Entre uma ou outra frase para tentar criar efeito e quebrar o gelo com a opinião pública – na época, a popularidade da presidente desceu a seu mais baixo nível – ela disse: “É absurda essa história de o Brasil explodir em 2015. É ridículo. Pelo contrário, o Brasil vai bombar”.

E a carta termina:

“Por tudo o que se prevê para 2015, nem é preciso mostrar quão contraditório é o que Dilma disse às mulheres jornalistas e a realidade do país que desponta no horizonte a partir do próximo ano. As bombas que a presidente anteviu são, na realidade, de natureza bem distinta e já estão estourando – e bem no colo da população brasileira, parte dela enganada pela petista na eleição”.

(Tarcisio Angelo Mascarim é secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e diretor do SIMESPI)

quarta-feira, 11 de março de 2015

Falta o amor à humanidade!

* Tarcisio Angelo Mascarim

Em alguns textos lidos na internet e em noticias divulgadas na imprensa nacional e mundial, nos deparamos com a degeneração da humanidade, sacrificios humanos pelo radicalismo entre religiões, guerra entre os países, corrupções generalizadas no mundo, desintegração das famílias, tráficos de drogas, e eu chego à conclusão de que o fim do mundo está se aproximando, pois Deus, mesmo, amando a humanidade, não vai concordar com a continuação dos pecados e com a constante ausência do amor  a Ele  e ao seu próximo.

Vamos voltar ao passado. Mesmo antes de Deus ter criado o nosso mundo visível,  ocorreu uma tragédia no mundo dos anjos, quando um deles, o orgulhoso Lúcifer, se rebelou contra o Criador e, juntamente a outros anjos, organizou seu próprio reino, o lugar da escuridão e do horror, denominado “inferno”. Deus poderia ter liquidado com os rebeldes, mas preferiu deixá-los livres. Mas a promessa divina é  de que chegará finalmente o dia em que tanto o pecado, em todas as suas formas, como o seu autor (Lúcifer) serão definitivamente erradicados do Universo (ver: II Pe 3:7, 10-13: Ap 20:10), não permanecendo deles “nem raiz, nem ramo” (Mt 4:1).

Quando Deus resolveu criar o nosso mundo, outra tragédia ocorreu na vida da humanidade, quando nossos ancestrais Adão e Eva violaram o Seu mandamento. O resultado da desobediência foi a contaminação do pecado, que passou para seus descendentes e tornou suas vidas cheias de crimes, sofrimentos e desgraças.

A partir daí, outras tragédias ocorreram, como o dilúvio universal como castigo aos contemporâneos de Noé; a devastação das cidades de Sodoma e Gomorra; a destruição inicialmente do reino de Israel, depois, da Judeia, na época de Nabucodonosor, e, pela segunda vez, no ano 70 da nossa era; a queda dos impérios Bizantino, Russo e em muitos outros, causada pelos pecados de seus povos.

Para mostrar que sempre amou a humanidade, Deus conforme as escrituras, enviou o seu filho Jesus Cristo para transmitir lições de conduta e moral, ditando os princípios que normatizam e orientam a verdadeira vida cristã, uma vida que conduz a humanidade ao Reino de Deus e que põe em prática a vontade de Deus, que leva à verdadeira libertação do homem. Além de transmitir as lições de conduta e moral, Jesus também veio para transmitir o amor, curar os doentes, surdos, mudos, cegos, expulsar os espíritos do mal, realizando 37 milagres durante sua estada na Terra. É bom lembrar que Ele viveu somente trinta e três anos entre nós, transmitindo seu amor à humanidade.

No evangelho, Jesus resume toda a lei no Amor: Amor a Deus e aos irmãos (Mt 22,34-40). Segue o confronto de Jesus com as lideranças judaicas. Os fariseus apresentam armadilhas bem montadas, destinadas a provocar afirmações polêmicas de Jesus, para poder acusá-lo e condená-lo. Os fariseus perguntam: “Qual é o maior dos mandamentos?”. Era uma questão muito polêmica entre os líderes religiosos daquele tempo. Alguns afirmavam que o maior de todos os mandamentos era guardar o sábado. Outros diziam que todos os mandamentos tinham o mesmo valor. Ademais, os judeus tinham 613 mandamentos (a maioria proibições). Era um grande emaranhado de preceitos e prescrições. Muita gente hoje tem dificuldade em recordar os 10 mandamentos. Imaginem a dificuldade para lembrar e cumprir todas essas normas. Jesus responde: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como ama a si mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mt 22:37-40).


Há outras  passagens  de Jesus, para demonstrar que Ele não veio para abolir a Lei ou os Profetas, mas, sim, para levá-los à perfeição e, com amor a Deus e ao seu próximo, levá-los ao Reino de Deus.

A  seguir,  Ele  começa  a  condenar  a  ostentação  na  prática  de  três  obras fundamentais do Judaísmo, que são a esmola, o jejum e a oração. Ele não pretende condenar a observância fiel e honesta destas obras boas e o bom exemplo que estas ações produzem, mas somente o vão desejo de ostentar em frente de outras pessoas. Jesus diz: “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.” (Mt 6:1) “Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita. Assim, a tua esmola se fará em segredo: e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.” (Mt 6:2-4). “Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto. Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto: e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.” (Mt 6:16-18). “Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. ...” (MT 6:5-8).

Durante  sua  mensagem  sobre  oração,  Jesus  transmitiu uma oração para ensinar como orar, que é o Pai-Nosso (Mt 6:9-13).

Outro longo  discurso  de  Jesus  Cristo  foi  o  Sermão  da  Montanha, com as Bem-aventuranças (Mt 5:3-12). Elas anunciam a vinda do Reino de Deus por meio da palavra e ação de Jesus, que tornam a justiça divina presente no mundo. A verdadeira justiça para aqueles que são inúteis, pobres ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime. As Bem-aventuranças revelam também o caráter das pessoas que pertencem ao Reino de Deus, exortando as pessoas a seguir este caráter exemplar.

Jesus  amou  o Pai, e Ele O ouviu, deu atenção e Lhe obedeceu. Jesus nos amou com toda a sua vida e alma, até seu último suspiro. Ele nos amou o suficiente para morrer por nós. Ele derramou o Seu sangue por nós como um sacrificio vivo, para o perdão de nossos pecados.

Jesus,  também,  nos  ensinou  que  a  vida  não  termina  depois da morte, conforme a sua mensagem: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morte, viverá”. Com isso, ele demonstrou o seu poder sobre a morte, ressucitando da morte, depois de ter sido crucificado e ficar sepultado por três dias. Essa é a crença dos cristãos nesses quase dois mil anos.

Para  finalizar,  uma  mensagem  para  a  grande maioria que, ainda, não acredita na divindade de Jesus Cristo: quando Ele esteve na Terra, fez coisas que até hoje as ciências não descobriram:
Em química, converteu a água em vinho;
Em biologia, nasceu sem a concepção normal;
Em física, desmentiu a lei da gravidade, quando andou sobre as águas e subiu aos céus;
Em economia, refutou a lei da matemática ao alimentar cinco mil pessoas com somente cinco pães e dois peixes e ainda fez sobrar doze cestos cheios;
Em medicina, curou os enfermos e os cegos sem administrar nenhuma dose de medicamentos;
Ele não tinha servos e, no entanto, o chamavam de Mestre;
Ele não tinha medicamentos, mas era chamado de médico;
Ele não tinha exército, mas reis o temeram;
Ele não ganhou batalhas militares e, no entanto, conquistou o mundo;
Ele não cometeu nenhum delito e foi crucificado;
Ele foi enterrado em uma tumba e, no entanto, Ele vive. 

Para encerrar, vamos orar pelo Papa Francisco, que é o representante de Jesus na Terra, para que, com fé e coragem, junto com seus bispos e padres, consigam converter os pecadores e consigam levar a juventude a reconhecer a divindade de Jesus Cristo, para a salvação do mundo.

* Tarcisio Angelo Mascarim é secretário de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba e diretor do SIMESPI