quarta-feira, 11 de março de 2015

Falta o amor à humanidade!

* Tarcisio Angelo Mascarim

Em alguns textos lidos na internet e em noticias divulgadas na imprensa nacional e mundial, nos deparamos com a degeneração da humanidade, sacrificios humanos pelo radicalismo entre religiões, guerra entre os países, corrupções generalizadas no mundo, desintegração das famílias, tráficos de drogas, e eu chego à conclusão de que o fim do mundo está se aproximando, pois Deus, mesmo, amando a humanidade, não vai concordar com a continuação dos pecados e com a constante ausência do amor  a Ele  e ao seu próximo.

Vamos voltar ao passado. Mesmo antes de Deus ter criado o nosso mundo visível,  ocorreu uma tragédia no mundo dos anjos, quando um deles, o orgulhoso Lúcifer, se rebelou contra o Criador e, juntamente a outros anjos, organizou seu próprio reino, o lugar da escuridão e do horror, denominado “inferno”. Deus poderia ter liquidado com os rebeldes, mas preferiu deixá-los livres. Mas a promessa divina é  de que chegará finalmente o dia em que tanto o pecado, em todas as suas formas, como o seu autor (Lúcifer) serão definitivamente erradicados do Universo (ver: II Pe 3:7, 10-13: Ap 20:10), não permanecendo deles “nem raiz, nem ramo” (Mt 4:1).

Quando Deus resolveu criar o nosso mundo, outra tragédia ocorreu na vida da humanidade, quando nossos ancestrais Adão e Eva violaram o Seu mandamento. O resultado da desobediência foi a contaminação do pecado, que passou para seus descendentes e tornou suas vidas cheias de crimes, sofrimentos e desgraças.

A partir daí, outras tragédias ocorreram, como o dilúvio universal como castigo aos contemporâneos de Noé; a devastação das cidades de Sodoma e Gomorra; a destruição inicialmente do reino de Israel, depois, da Judeia, na época de Nabucodonosor, e, pela segunda vez, no ano 70 da nossa era; a queda dos impérios Bizantino, Russo e em muitos outros, causada pelos pecados de seus povos.

Para mostrar que sempre amou a humanidade, Deus conforme as escrituras, enviou o seu filho Jesus Cristo para transmitir lições de conduta e moral, ditando os princípios que normatizam e orientam a verdadeira vida cristã, uma vida que conduz a humanidade ao Reino de Deus e que põe em prática a vontade de Deus, que leva à verdadeira libertação do homem. Além de transmitir as lições de conduta e moral, Jesus também veio para transmitir o amor, curar os doentes, surdos, mudos, cegos, expulsar os espíritos do mal, realizando 37 milagres durante sua estada na Terra. É bom lembrar que Ele viveu somente trinta e três anos entre nós, transmitindo seu amor à humanidade.

No evangelho, Jesus resume toda a lei no Amor: Amor a Deus e aos irmãos (Mt 22,34-40). Segue o confronto de Jesus com as lideranças judaicas. Os fariseus apresentam armadilhas bem montadas, destinadas a provocar afirmações polêmicas de Jesus, para poder acusá-lo e condená-lo. Os fariseus perguntam: “Qual é o maior dos mandamentos?”. Era uma questão muito polêmica entre os líderes religiosos daquele tempo. Alguns afirmavam que o maior de todos os mandamentos era guardar o sábado. Outros diziam que todos os mandamentos tinham o mesmo valor. Ademais, os judeus tinham 613 mandamentos (a maioria proibições). Era um grande emaranhado de preceitos e prescrições. Muita gente hoje tem dificuldade em recordar os 10 mandamentos. Imaginem a dificuldade para lembrar e cumprir todas essas normas. Jesus responde: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como ama a si mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mt 22:37-40).


Há outras  passagens  de Jesus, para demonstrar que Ele não veio para abolir a Lei ou os Profetas, mas, sim, para levá-los à perfeição e, com amor a Deus e ao seu próximo, levá-los ao Reino de Deus.

A  seguir,  Ele  começa  a  condenar  a  ostentação  na  prática  de  três  obras fundamentais do Judaísmo, que são a esmola, o jejum e a oração. Ele não pretende condenar a observância fiel e honesta destas obras boas e o bom exemplo que estas ações produzem, mas somente o vão desejo de ostentar em frente de outras pessoas. Jesus diz: “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.” (Mt 6:1) “Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita. Assim, a tua esmola se fará em segredo: e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.” (Mt 6:2-4). “Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto. Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto: e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.” (Mt 6:16-18). “Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. ...” (MT 6:5-8).

Durante  sua  mensagem  sobre  oração,  Jesus  transmitiu uma oração para ensinar como orar, que é o Pai-Nosso (Mt 6:9-13).

Outro longo  discurso  de  Jesus  Cristo  foi  o  Sermão  da  Montanha, com as Bem-aventuranças (Mt 5:3-12). Elas anunciam a vinda do Reino de Deus por meio da palavra e ação de Jesus, que tornam a justiça divina presente no mundo. A verdadeira justiça para aqueles que são inúteis, pobres ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime. As Bem-aventuranças revelam também o caráter das pessoas que pertencem ao Reino de Deus, exortando as pessoas a seguir este caráter exemplar.

Jesus  amou  o Pai, e Ele O ouviu, deu atenção e Lhe obedeceu. Jesus nos amou com toda a sua vida e alma, até seu último suspiro. Ele nos amou o suficiente para morrer por nós. Ele derramou o Seu sangue por nós como um sacrificio vivo, para o perdão de nossos pecados.

Jesus,  também,  nos  ensinou  que  a  vida  não  termina  depois da morte, conforme a sua mensagem: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morte, viverá”. Com isso, ele demonstrou o seu poder sobre a morte, ressucitando da morte, depois de ter sido crucificado e ficar sepultado por três dias. Essa é a crença dos cristãos nesses quase dois mil anos.

Para  finalizar,  uma  mensagem  para  a  grande maioria que, ainda, não acredita na divindade de Jesus Cristo: quando Ele esteve na Terra, fez coisas que até hoje as ciências não descobriram:
Em química, converteu a água em vinho;
Em biologia, nasceu sem a concepção normal;
Em física, desmentiu a lei da gravidade, quando andou sobre as águas e subiu aos céus;
Em economia, refutou a lei da matemática ao alimentar cinco mil pessoas com somente cinco pães e dois peixes e ainda fez sobrar doze cestos cheios;
Em medicina, curou os enfermos e os cegos sem administrar nenhuma dose de medicamentos;
Ele não tinha servos e, no entanto, o chamavam de Mestre;
Ele não tinha medicamentos, mas era chamado de médico;
Ele não tinha exército, mas reis o temeram;
Ele não ganhou batalhas militares e, no entanto, conquistou o mundo;
Ele não cometeu nenhum delito e foi crucificado;
Ele foi enterrado em uma tumba e, no entanto, Ele vive. 

Para encerrar, vamos orar pelo Papa Francisco, que é o representante de Jesus na Terra, para que, com fé e coragem, junto com seus bispos e padres, consigam converter os pecadores e consigam levar a juventude a reconhecer a divindade de Jesus Cristo, para a salvação do mundo.

* Tarcisio Angelo Mascarim é secretário de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba e diretor do SIMESPI

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