terça-feira, 21 de julho de 2015

A importância do setor sucroenergético para o mundo!


Tarcisio Angelo Mascarim*


Há alguns dias, foi publicado meu artigo “Retomada  do setor sucroenergético em São Paulo”, o qual também enviei ao secretário estadual de Agricultura e Abastecimento e deputado federal Arnaldo Jardim. O texto detalha uma sugestão para o Estado de São Paulo acabar com a poluição provocada pelo consumo da gasolina, substituindo-a pelo nosso etanol.

Agora, após ler no site Brasilagro sobre a discussão feita em audiência pública no dia 1 de julho, promovida pela Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), quero chamar a intenção do governo federal pela importância do nosso etanol para o Brasil e para o mundo.

Segundo a notícia, a intenção do encontro foi aprofundar o debate sobre o papel do setor sucroenergético, a fim de subsidiar proposições a serem apresentadas pelo Brasil na 21a. Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21), que ocorrerá no final de novembro, na França. A defesa foi feita na referida audiência pela Comissão, concluindo que “o etanol pode ser uma excelente saída para redução das emissões poluentes, assim como para a consolidação das matrizes energéticas limpas e renováveis no país”.

O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Hilário Saldiva, um dos convidados do evento, argumentou: “Investir em combustíveis renováveis deveria ser uma ação de saúde pública”. Ele explicou que a poluição ambiental eleva os riscos de se contrair doenças e destacou  que a poluição do ar mata, no mundo, cerca de sete milhões de pessoas anualmente, mais do que a malária e a diarreia juntas.. Ele defendeu também que “sendo o etanol um combustível que emite menos poluição, sua expansão resultaria diretamente em mais saúde para a população”.           

Para o diretor geral da Agroícone Rodrigo Lima, presente também na audiência, “o Brasil adotou em 2010, compromissos voluntários de redução de emissão de gases nocivos, em uma proposta que incluía a ampliação do uso do etanol, porém não criou políticas de incentivo ao setor para fazer as metas de consumo de etanol serem alcançadas”. Ele lembrou “que em 2008 e 2009, o setor viveu seu auge e chegou a responder por 54% do consumo de combustível do país. Atualmente é responsável por pouco mais de 40% do mercado”.

O secretário da Política Agricola do Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA), André Metoni Nassar, reconheceu que “o etanol é importante não apenas como fonte de oferta de energia, mas também para a redução de gás carbônico no país”.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA)  ressaltou também que “é preciso considerar novas áreas de expansão do plantio de cana-de-açúcar, principal matéria-prima do etanol no país”. Ele revelou que “na Amazonia há 24 milhões de hectares abertos com pastos que poderiam ser reduzidos em um terço sem prejuízo da produção pecuária para abrir espaço ao plantio de outras culturas sustentáveis, como a de cana-de-açúcar”.

O deputado federal Sergio Souza (PMDB-PR), integrante da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético e relator da comissão, acrescentou que “os parlamentares estão mobilizados na busca por políticas de investimentos e incentivos no setor, já reconhecido como sustentável e mitigador da emissão de gases de efeito estufa”.

Conforme se verifica pelos depoimentos das autoridades presentes à audiência, é preciso que o governo tome as providências necessárias para a retomada do setor sucroenergético, a fim de evitar mortes pela poluição dos combustíveis fósseis e melhorar sensivelmente o nosso meio ambiente, defendido também pelo Papa Francisco em sua  Carta Encíclica “Laudato Si (Louvado Seja)”.

Para isto, insisto para que seja implantado o projeto que encontra-se arquivado no BNDES, elaborado em 2011 pelos especialistas da área de energia, no qual eles chegam à conclusão, a partir de ampla pesquisa de mercado, de que, se não construirmos mais 134 novas usinas, com capacidade cada uma de quatro milhões de toneladas de cana-de-açúcar, vai faltar açúcar e etanol em 2020/21.

Por outro lado, ainda no site Brasilagro, é possível ler uma pesquisa do  Ibope, sobre, entre outras, a avaliação dos eleitores sobre o governo, por área. Tomo a liberdade de transdrever o resultado: 
- combate a fome e a pobreza” - desaprovam 68%;
- meio ambiente” - desaprovam 63%;
- educação” - desaprovam 74%;
- combate ao desemprego” - desaprovam 83%;
- segurança pública” - desaprovam 84%;
- saúde” - desaprovam 86%;
- combate a inflação” - desaprovam 86%;
- impostos” - desaprovam 90%;
- taxa de juros” - desaprovam 90%.

Diante deste resultado eu pergunto: o que a presidente Dilma deve fazer para o bem do País? E respondo, em minha opinião, deve pedir desculpas ao povo e renunciar.

* Tarcisio Angelo Mascarim é secretário de Desenvolvimento Econômico de Piracicaba e diretor do SIMESPI

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